Aldeias Históricas de Portugal

Villages

Sortelha

Start: 10/06/2017 at 18:00

Finish: 11/06/2017 at 23:55

Website: https://www.cm-sabugal.pt/12-rede-aldeias-festa-beijo-sem-fim/

Sorry, this entry is only available in European Portuguese and European Spanish. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the default language of this site. You may click one of the links to switch the site language to another available language.

12 em Rede — Aldeias em Festa
BEIJO SEM FIM
10 e 11 de Junho de 2017 | Sortelha

Nos dias 10 e 11 de Junho, apaixone-se pela "Lenda do Beijo Eterno", no decorrer do ciclo de eventos oficiais das Aldeias Históricas de Portugal em Sortelha. Tal como o beijo, uma memória que eterniza.

Consulte o programa disponível na Galeria (em baixo).

Contamos consigo!

LENDA DO BEIJO ETERNO

Conta-se que, certa noite, uma hoste de mouros cercou a fortaleza de Sortelha, para recuperar aquele sítio estratégico. No castelo, encontravam-se o alcaide, que resistia com os seus homens de armas, a mulher do alcaide, que diziam ser feiticeira, bem como uma filha, donzela formosa, que não queria saber nada de feitiços nem de guerras. O cerco já durava há muito tempo e a jovem passeava o seu tédio entre muralhas. No seu quarto apenas tinha a companhia de um gato. Para se distrair, ia até à varanda, nas muralhas, pois dali via os sitiantes. Um dia, despertou-lhe a atenção certo cavaleiro. Era ele o jovem comandante das tropas mouras. Fazia-se notar o jovem guerreiro pelo seu porte nobre, altivo e belo.
- “Que lindo homem!”, exclamou ela, seguindo-o com os olhos enquanto ele fazia caracolear o cavalo.
Se ela o viu, ele também a viu a ela. A beleza da jovem cristã deixou o chefe mouro prendido na sua contemplação.
- “Que Linda mulher !”, pensou ele, levantando a cabeça para descortinar o rosto feminino no alto das muralhas.
A partir daquele momento, nem um nem o outro deixaram de pensar em encontrar-se, ainda que fosse uma só vez na vida. O chefe mouro conseguiu que alguns dos seus homens fizessem subir pelas muralhas, em cestos, as mensagens e oferendas que, às ocultas dos guardas do castelo, fazia chegar às mãos da sua amada. E esta, por sua vez, àquela mesma hora do crepúsculo, lá estava para as receber e, por sua vez, remeter para ele objetos que não o fizessem esquecer de quanto o amava.
Tudo decorreu sem incidentes. O certo, porém, é que os dois amantes não o podiam ser apenas à distância; nem podiam estar eternamente separados pela fronteira que dividia os cristãos cercados e os mouros que os cercavam. Por isso, o chefe mouro prometeu a liberdade a um prisioneiro cristão, dando-lhe uma recheada bolsa com moedas de ouro, com as condições que ele impôs:
-  “Falarás a sós com a donzela e abrir-lhe-ás a porta.”
O soldado assim fez e ela, aproveitando a escuridão, saiu do castelo.
Mas a mãe da jovem, que andava a vigiar o namoro da filha com o guerreiro, apercebeu-se que alguma coisa se passava nessa noite e levantou-se. Confirmou as suas suspeitas. Os amantes estavam junto às muralhas e beijavam-se.
- “Malditos! Eu vos amaldiçoo e vos transformo em pedra!”
Gritou uma algaraviada de feitiços e os dois, conforme estavam abraçados, lábios com lábios, ficaram petrificados. E assim permaneceram, para sempre.

Nearby...