Idanha-a-Velha
Pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do país. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana capital da Civitas Igaeditanorum (séc. I a.C.), mais tarde sede episcopal sob domínio suevo e visigótico. Doada à Ordem do Templo no séc. XIII, mantém vestígios de diversas épocas que evidenciam uma grande permanência civilizacional. Ocupada pelos muçulmanos no séc. VIII, foi reconquistada pelos cristãos no séc. XII. Doada à Ordem do Templo no séc. XIII, mantém vestígios de diversas épocas que evidenciam uma grande permanência civilizacional.
História
A nossa história o seu tempo
Idanha-a-Velha pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do País. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc. I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus Tallius, cidadão da Emerita Augusta (Mérida) "deu de boa vontade um relógio aos Igeditanos", testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara, importante obra de engenharia romana, como um dos municípios que contribuíram para a sua construção.
Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respetiva muralha; um conjunto excecional de inscrições de diversas tipologias e variado espólio disperso. A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânia, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, o Baptistério e ruínas anexas do "Palácio dos Bispos" e a designada "Sé Catedral", esta com profundas alterações arquitetónicas posteriores.
Os Árabes ocuparam a cidade até à sua tomada por D. Afonso III, Rei de Leão, durante a reconquista, fazia já parte integrante do Condado Portucalense aquando da fundação de Portugal. Mais tarde D. Afonso Henriques entregou-a aos Templários. Em 1229 D. Sancho II deu-lhe foral. D. Dinis incluiu-a na Ordem de Cristo (1319), seguindo-se outras tentativas de repovoamento. D. Manuel I, em 1510, institui-lhe novo foral de que o Pelourinho ainda é testemunho. Em 1762 figurava como vila, na comarca de Castelo Branco; em 1811, ficava anexa a Idanha-a-Nova; em 1821 tornava-se sede de um pequeno concelho, extinto em 1836.
Intencionalmente, e ao longo dos séculos, pretendeu-se reorganizar todo o espaço urbano, revitalizando-o no domínio social, económico, político e cultural. Porém o seu percurso histórico, de desertificação, estava traçado. Hoje, Idanha-a-Velha, (Monumento Nacional) surge renovada. Uma Aldeia Histórica criteriosamente adaptada para os que aqui residem e para os que a visitam.
O que ver

Posto de Turismo de Idanha-a-Velha / Lagar de Varas
Grande edifício térreo, restaurado e musealizado. Desconhece-se a data da sua construção. Será dos finais do século XIX, como parece demonstrar a data de 1895 gravada numa candeia aqui utilizada. No entanto, a data de 1755 gravada num bloco das paredes das tulhas parece indicar que já existia um lagar anterior. Há também elementos de lagares reutilizados nas paredes. O lagar é um espaço rectangular dividido em três salas distintas: sala das tulhas e pio, sala das prensas de varas e sala da bagaceira. A entrada de serviço localizava-se num dos palheiros do topo nascente do edifício. Este palheiro e outro contíguo serviam de abrigo aos lagareiros e aos animais que moviam as galgas. O lagar foi adquirido pela Autarquia de Idanha-a-Nova à família Marrocos, para a qual laborou outrora em exclusividade até 1959. A partir de 2008 passou a albergar também o Posto de Informação turística como serviço de apoio a todo o Complexo Museológico. Visitas guiadas sujeitas a marcação prévia e mediante disponibilidade.

Torre dos Templários
Os Templários reduziram o centro defensivo a um pequeno Castelo, sendo a Torre de Menagem o único vestígio visível do que dele resta. Foi construída em meados do século XIII, como prova a inscrição datada de 1245 que se encontra no tímpano da porta de acesso no segundo piso. A entrada era feita por essa mesma porta, acessível por uma escada móvel que se apoiava num bloco saliente ao nível da soleira, que ainda se pode ver. Mais tarde foi rasgada uma porta no primeiro piso, protegida por uma varanda, de que restam as mísulas de suporte, situada no terceiro piso. A Torre foi erguida sobre o pódio do templo principal da praça pública da cidade romana, o Fórum. Para a implantação dos diversos elementos constitutivos do fórum foi criada uma plataforma sobrelevada, de planta rectangular, rodeada por fortes muros para contenção do seu aterro. O templo localizava-se no terço poente da praça e parece ter sido dedicado a Júpiter, sendo que Vénus e Marte também recebiam culto, talvez em templetes. Nas traseiras são visíveis as fundações de um pórtico. No topo nascente reconhecem-se pequenas escadas laterais de acesso e restos débeis do maciço da plataforma frontal do templo, onde estaria talvez uma grande escadaria.
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